O sentimento de justiça e liberdade levou o povo egípcio às ruas para reivindicarem mudanças profundas no país. Há mais de 30 anos que este país estava sob o julgo pesado do ditador Mubarak, onde a população estava definhando econômica, material e socialmente.
Ontem, o ditador, depois de muita pressão, resolveu entregar o poder, não resistiu às pressões advindas da população. Enfim, o povo unido subjugou a opressão de 3 décadas.
Esse é um excelente exemplo de que, quando o povo se une numa causa nobre e empreende forças para conseguir seus objetivos, não importa os obstáculos, a vitória é mais que certa.
Estamos a 3 meses para mais uma campanha salarial de nossa querida Compesa. Até agora não há nenhuma nota, referência ou qualquer convocação, seja por parte da empresa ou do sindicato, ou até mesmo dos funcionários.
Normalmente, em situações normais, faltando tão pouco tempo para um acontecimento deste, no mínimo, os funcionários junto com o sindicato já deveriam estar em sintonia, com uma pré-pauta já pronta e conclamando toda a empresa para se preparar para o embate com a empresa para melhorias salariais e outras mais. Mas infelizmente não é o nosso caso.
Não há nenhuma pré-pauta pronta, o sindicato até agora não se manifestou, os funcionários estão em estado de catalepsia, enfim, prestes a mais uma assembléia e todos dormem tranquilamente, quando chegar a hora, sofreremos mais uma decepção, pois deixamos para a última hora para nos organizar e não é o suficiente.
O exemplo que citei acima da mobilização da população egípcia deveria nos servir para acordarmos e tomarmos uma postura mais agressiva. Para termos uma idéia, caso somente um terço dos operadores se fizessem presentes em cada assembléia para decidir sobre as propostas, isso seria suficiente para aprovarmos aquilo que quiséssemos, independente do sindicato patronal impor as propostas miseras para nós.
Está na hora dos funcionários da Compesa sair do estado de letargia e abraçar esta causa. Chega de tanta humilhação e de termos nossos direitos suprimidos ano após ano.
O exemplo do Egito nos mostra que, se realmente quisermos e nos unirmos, com certeza atingiremos nossos objetivos, mas só irá acontecer caso queiramos.
A DIREÇÃO
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